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Inflação oficial x inflação sentida: por que os números parecem não bater

A divulgação do IPCA, índice oficial da inflação calculado pelo IBGE, costuma gerar estranhamento entre os brasileiros. Muitas vezes, o número anunciado parece não refletir a realidade vivida no supermercado, no posto de gasolina ou na escola dos filhos. Essa diferença tem uma explicação simples: o IPCA é uma média, e como toda média, não traduz a experiência individual de cada família.


O índice considera uma cesta ampla de produtos e serviços, que inclui alimentação, transporte, saúde, educação, lazer e vestuário. Cada item tem um peso específico, calculado a partir do padrão médio de consumo das famílias. No entanto, a realidade de cada pessoa é diferente. Quem gasta mais com alimentação sente mais quando o preço dos alimentos dispara. Quem depende do carro para trabalhar sofre mais com a alta da gasolina. Já famílias com filhos em escolas particulares percebem o impacto dos reajustes nas mensalidades.


Assim, enquanto a inflação oficial pode estar em 4% ao ano, a inflação pessoal de uma família pode ser de 7% ou até 10%, dependendo de seus hábitos de consumo. Essa discrepância é relevante porque afeta diretamente o poder de compra. Se o salário é reajustado apenas pela inflação oficial, mas os gastos reais sobem mais rápido, o trabalhador perde renda sem perceber.


Por isso, é essencial que cada família acompanhe seus próprios gastos e identifique quais itens pesam mais no orçamento. Essa prática permite calcular uma “inflação pessoal” e ajustar o planejamento financeiro de forma mais realista. A compreensão dessa diferença ajuda a evitar ilusões e a tomar decisões mais conscientes, seja na hora de negociar um reajuste salarial, seja no momento de escolher onde cortar despesas.

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